segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Tava-se bem na rádio


Com certeza! Tava-se bem, muito bem, mirando os desenhos animados do Xabarín.

Todos os da geraçom do porco bravo mais televisivo temos-lhe muito apego, e devemos-lhe muito. Graças a ele foram muitos os galegos que perderam vergonha de falar falego, que cantavam em galego, que aprenderam léxico galego... e nem só galegos; eu tenho um amigo da Arpetania que aprendeu galego mirando Son Goku na TVG!

Pra mim é espectacular agora, olhando cara atrás, pensar no que esse programa logrou: que as crianças galegas voltassem a brincar em galego!! Os das geraçons anteriores foram os primeiros a brincarem em castelhano, os que vinheram despois, falavam já como os seus ídolos: os Pokémon, os Digimon e todos esses som espanhóis. Mas Son Goku e Arale eram galegos, e nos pátios das escolas os cativos jogávamos a fazer 'ondas vitais' e o que fazia de Boo tinha que dizer 'vou-te papar!!', se dissera 'te voy a comer' nom lhe teria metido medo nem ao Krilin.

Bom, ao que íamos, que me enguedelho. O Xabarín nom só foi cerne dumha geraçom de neofalantes... também plantou a semente pra umha geraçom de reintegrantes, pois nem a mim nem a nengúm dos meus amigos se nos passou nunca pola cabeça que os Kussondulola pudessem ser brasileiros angolanos a falarem português, todos admirávamos o bem que cantavam em galego esses negros da África. Eram muito divertidos... mas sobretudo, era algo normal:
- A mim gusta-me essa dos negros que dizem: 'tá-se bem, tá-se mui bem'.
E todos assentiam, e nada havia de estranho.

- Ó Suso, e como deste em virar um reintegrata desses aportuguesados??
- Essa nom é a pergunta correta... a pergunta correta é: por que deixaste tu de ver normal aquilo que era normal?

Porque tu cantavas isto... e se cho ponho agora sei que o cantarás novamente:


sábado, 17 de março de 2012

Tá na hora de brincar! Ilarilarilariê (ô, ô, ô)

Tinha eu por volta dos quatro anos quando esta cançom lo petava no pátio da escola. Dizem que os galegos nunca música em português escuitamos na vida... e eu que levo desde sempre ouvindo e bailando tal! De facto até que fui bem grandinho nom foi que percebi essa diferença tam brutal que dizem que existe entre galego e português.


Era a década de 80, já tardia. E a Xuxa tinha o mundo inteiro namorado... as crianças por causa da música e da sua toupeira (que na realidade era um rato) e os pais das crianças por outros motivos.


O caso é que mais de duas décadas antes do furacão Teló, aqueles mesmos que nos enchemos de dançar o 'Ai se eu te pego', fazíamos idem com o 'Ilariê':


Dá-lhe DJ!

Que comece a festa!


Nesta viagem musical havemos realizar um repasso a todos aqueles temas que marcaram um antes e um despois no universo que compõe a sinfonia das nossas vidas... e ao tempo havemos propor novos temas para que a nossa melodia nunca se apague.


O objectivo é claro, o caminho certo, os passos dados poucos e a viagem longa e apaixonante. Acompanhas-me? Preme no play! ;)